Chuvas intensas provocaram, recentemente, as piores inundações em 30 anos no condado de Rongjiang, província do sudoeste da China.
O rio Duliu, localizado em Rongjiang, ultrapassou todos os recordes e provocou a maior enchente já registrada na região.
O volume de água chegou a impressionantes 11 mil e 400 metros cúbicos por segundo, com o nível subindo 11 metros acima do normal.
Diversas cidades foram severamente atingidas, deixando um rastro de destruição e preocupação com o futuro climático da região.

As águas da enchente ultrapassaram 254 metros, transformando bairros em campos infinitos de destroços. Mais de 80 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas com tudo o que conseguiram levar.
Cerca de 50 mil já retornaram — não para a segurança, mas para o silêncio, a ruína e o cheiro assombroso de memórias apagadas. As autoridades estão a chamar a enchente de “uma inundação que ocorre uma vez a cada 50 anos”.
Mas para os moradores locais, é algo além de tudo o que já viram. O dilúvio agora está a espalhar-se para outras províncias — uma reacção em cadeia de rios subindo, solos a desabar e comunidades observando a água aproximar-se.
Embora a China disponha de um sistema nacional de monitorização e previsão de condições meteorológicas adversas, os cientistas afirmam que as previsões muito localizadas continuam a ser um desafio, pondo à prova a capacidade das comunidades rurais, que dispõem de menos recursos de previsão, para retirar rapidamente as populações locais antes de qualquer situação meteorológica extrema.