O Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo tornou público que o preço de venda ao público do gasóleo passa a ser de 400,00 KZ/Litro, a partir da meia noite de hoje, 04 de Julho de 2025.
A evolução dos preços do gasóleo e da gasolina em Angola desde o início da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis, em 2023, reflecte um processo de ajuste progressivo implementado pelo Governo angolano, com o objectivo de alinhar os preços com os valores de mercado até ao final de 2025.
Desde Junho de 2023, o preço da gasolina subiu de 160 kwanzas para 300 kwanzas por litro, um aumento de 87,5 por cento, enquanto o gasóleo aumentou de 135 kwanzas para 400 kwanzas por litro, uma subida de 165 kwanzas, o que corresponde a mais de 120 por cento de acréscimo.
Desde o início do ano, o preço do gasóleo subiu 50 por cento em Março, para 300 kwanzas, tendo agora um novo aumento de mais cem kwanzas por litro.
Em 2022, os subsídios aos combustíveis totalizaram 1,98 biliões de kwanzas, com o executivo a prever uma poupança anual de cerca de 400 mil milhões de kwanzas com a sua eliminação, que pode acontecer até ao final de 2025.
De lembrar que no primeiro trimestre deste ano, o Estado angolano gastou cerca de 662 milhões de dólares para importar 73 por cento do combustível comercializado, como avançou o director-geral do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), Luís Fernandes.
Segundo o responsável, que apresntava o relatório de actividades no período em referência, as quantidades adquiridas representam um decréscimo de aproximadamente 13 por cento em relação ao trimestre anterior.
“O país não dispõe ainda de capacidade de produção local”, admitiu Luís Fernandes, explicando que os produtos importados são provenientes de algumas praças internacionais, com realce para o Médio Oriente e as refinarias da Europa.
Entretanto, reforçou que Angola possui uma capacidade instalada de armazenamento de combustíveis líquidos em terra de 675 mil 968 metros, que se manteve inalterada em relação ao trimestre anterior.
A política de retirada de subsídios visa reduzir o peso da despesa pública e redirecionar recursos para sectores prioritários como saúde e educação.
Contudo, os aumentos de preços têm gerado críticas, sobretudo devido ao impacto nos custos operacionais de sectores como os transportes, a agricultura, as pescas e a indústria, e agravamento das dificuldades para as famílias de baixo rendimento.
Entretanto, os preços dos demais produtos, em regime de preços fixados, nomeadamente a gasolina, o petróleo iluminante e o gás de petróleo liquefeito se mantêm inalterados.